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» » » » Munícipio de “Cachoeira Pequena” – Paraíso Perdido em Rondônia.

Foto: Niki Castro
Guajará Mirim ou “Cachoeira Pequena” em língua indígena Tupi, figura hoje e sempre como o mais completo e exuberante destino turístico de toda a Amazônia Ocidental do Brasíl. Um paraíso perdido  em meio a selva de encantos, contos, historias e brilho ofuscado pela inação de governantes que tem permitido a degradação da cidade e a falência de suas potencialidades. 
Foto: Niki Castro

Município Fronteiriço, ilha de riquezas materiais e imateriais, detentor de atrativos naturais, culturais e históricos e de um povo hospitaleiro possui importância singular para o Brasíl, não apenas por concentrar a maioria das unidades de conservação ou abrigar a maior população indígena do Estado de Rondônia, mas, sobretudo, porque sua História está intimamente ligada a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré – EFMM – primeira grande obra de engenharia civil feita fora dos Estados Unidos por americanos e tombada como Patrimônio Histórico Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. 
Fruto do suor de brasileiros e estrangeiros atraídos pelo sonho de viver no paraíso, a estrada de Ferro está visivelmente representada pelas locomotivas e no prédio da antiga estação, inaugurada em 1912, onde hoje funciona o museu histórico da cidade. Além disso, é possível conhecer mais desta  ambiciosa empreitada através da memoria viva de moradores que relatam com orgulho suas participações e de seus antepassados nessa que foi uma das maiores epopeias brasileiras e que marca um importante capítulo da historia Nacional.

Com  chapadas, cavernas, praias naturais e uma belíssima serra de onde é possível ter a mais majestosa visão panorâmica da cidade e do por do sol no horizonte, Guajará Mirim oferece uma exótica e saborosa culinária tipicamente amazônica como o pato no tucupi, tacacá, pupunha,  castanha, acaí, cupuaçu, tucumã, chica, tracajá e etc.. Uma profusão de aromas e sabores inesquecíveis extraídos da floresta e preparado por mãos que preservam a tradição indígena.
Saciado pelo contexto histórico e culinário, o visitante que não pretende apenas cruzar a  fronteira e fazer compras na famosa zona franca Boliviana, uma opção um tanto convidativa, poderá descer o rio de braco rumo ao Hotel Pakaas Palafitas, cercado pela floresta e suspenso a 4 metros do solo rente as copas das arvores para, de uma piscina que se projeta sobre a água, contemplar o encontro dos rios Mamoré e Pakaas e até mesmo ser surpreendido pela corriqueira aparição de animais selvagens graciosos e espontâneos. É importante não deixar de conhecer o fundador proprietário do local, o intelectual e visionário senhor Paulo Saldanha.
Foto: Niki Castro
Descendo o rio contornado por uma mata exuberante refletida no espelho daga como uma pintura chegar-se -á ao balneário do Célio, um restaurante de estrutura suspensa aconchegante e charmoso onde um dos principais atrativos é tomar banho nas águas escuras do Pakaas.
Foto: Niki Castro
O que vislumbro com esses relatos aqui escritos, lembranças latentes cravadas no  meu coração e na minha memória, é revelar ao mundo este “Paraíso Perdido” que acredito piamente ter como principal vocação econômica o ECOTURISMO podendo dele trazer as riquezas necessárias para promover a modernidade o desenvolvimento sustentável e o bem estar da população, aliando progresso com ecologia, riqueza e preservação. Cachoeira Pequena, chamada assim pelos índios, mas oficialmente conhecida como Guajará Mirim poderá novamente atrair pessoas pelo sonho de viver no paraíso nem que seja no período de férias.
alessandroAlessandro Luis de Oliveira
Servidor Público Federal
Ex morador de Guajará-Mirim

About Diário Guajará

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